terça-feira, 12 de abril de 2011


Ana Carolina Pacheco da Silva, naquela manhã de 07 de abril acordou para ir à escola, tomou café e se arrumou como se aquela não fosse a última manhã de sua vida. Despediu-se de sua avó Dona Maria Madalena de 72 anos, que não podia imaginar que dentro de poucas horas estaria enfrente ao colégio de sua neta chorando e dizendo: “Ela estará sempre comigo” podendo apenas lembrar-se dos momentos que juntas tiveram no passado.

Clóvis Martins, pai de Laryssa Silva Martins recebeu por telefone a notícia da morte de sua filha através de uma amiga da menina. Ele teve tempo de levá-la ao hospital, mas ela não resistiu e faleceu, após a notícia e o reconhecimento do corpo, ouvia-se seus gritos: “Meu anjo de candura, minha filha foi embora".

Como para essas famílias a manhã de 07 de abril de 2011 foi traumática para muitas outras, vítimas diretas e indiretas deste massacre. Para os alunos da Escola Municipal Tasso Silveira ainda é impossível voltar à rotina normal, uma vez que as imagens, os gritos e principalmente o medo marcaram pra sempre.

As escolas deveriam ser, não só no Brasil, mas em todo o mundo, um ambiente onde o futuro é construído e edificado, jamais retirado de uma forma tão brutal. Pois o medo agora é iminente a todos os alunos, professores e funcionários. Mas é de extrema importância que se prove que o povo brasileiro vai além de festas e futebol, é um povo cheio de força para transpor barreiras e reconstruir as ruínas que ficaram, tanto as visíveis quanto as internas.

Para o Brasil resta como disse muito bem a presidente Dilma Rousseff: “Mostrar a nossa homenagem a esses brasileirinhos que foram retirados tão cedo da vida.”